segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Riacho das Almas

 Esse artigo, retirado do site http://pt.wikipedia.org/wiki/Riacho_das_Almas para quem estiver interessado em conhecer um pouco mais sobre a cidade de Riacho das Almas.
 
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Município de Riacho das Almas
Vista do Município

Vista do Município
Bandeira desconhecida
Brasão desconhecido
Bandeira desconhecida Brasão desconhecido
Hino
Fundação 29 de dezembro de 1953
Gentílico riachense
Localização
Localização de Riacho das Almas
Localização em Pernambuco
Riacho das Almas está localizado na Brasil
Localização no Brasil
08° 08' 02" S 35° 51' 21" O
Unidade federativa  Pernambuco
Mesorregião Agreste Pernambucano IBGE/2008 [1]
Microrregião Vale do Ipojuca IBGE/2008 [1]
Municípios limítrofes Surubim e Frei Miguelinho (norte), Cumaru (leste), Bezerros (leste e sul) e Caruaru (oeste).
Distância até a capital 131 km
Características geográficas
Área 313,990 km² [2]
População 19 158 hab. IBGE/2010[3]
Densidade 61,01 hab./km²
Altitude 407 m
Clima semi-árido
Fuso horário UTC−3
Indicadores
IDH 0,609 médio PNUD/2000 [4]
PIB R$ 70 843,498 mil IBGE/2008[5]
PIB per capita R$ 3 754,09 IBGE/2008[5]
Riacho das Almas é um município brasileiro do estado de Pernambuco. Localiza-se a uma latitude 08º 08' 02" sul e a uma longitude 35º 51' 23" oeste, estando a uma altitude de 407 metros. Sua população em 2007 era estimada em 18 245 habitantes, de acordo com o IBGE. Possui uma área de 313,98 km².

Índice

História

Vista geral do município.
O povoamento do local teve início a partir de uma fazenda de criação de gado de propriedade do coronel Joaquim Bezerra, que se estabeleceu na região, com família e escravos, no último quarto do século XIX. A construção de um açude, um engenho, um cemitério (no ano de 1888) e, posteriormente, uma feira livre, marcaram o início do processo de urbanização.
Conhecida como Riacho das Éguas, em 1905 a localidade passou a se denominar Riacho das Almas, em função do primeiro cemitério ter sido construído às margens daquele riacho. Posteriormente, durante uma cheia, as águas invadiram o local e o cemitério teve que ser relocalizado. Foi elevada à condição de distrito do município de Caruaru em 21 de dezembro de 1919, tornando-se município em 29 de dezembro de 1953.
Finda a praga da peste que lhe afligiu no início do século XX, a comunidade cumpriu uma promessa feita a São Sebastião, erguendo em 1912 uma capela em sua homenagem.

Economia

De acordo com dados do IPEA do ano de 1996, o PIB era estimado em R$ 21,03 milhões, sendo que 45,3% correspondia às atividades baseadas na agricultura e na pecuária, 0,8% à indústria e 53,9% ao setor de serviços. O PIB per capita era de R$ 1.221,41.
O município de Riacho das Almas faz parte da Região de Desenvolvimento do Agreste Central, localizada na Mesorregião do Agreste Pernambucano. Com uma área de 10.117 km², a região abrange 10,22% do território estadual e é constituída por mais 25 municípios: Agrestina, Alagoinha, Altinho, Barra de Guabiraba, Belo Jardim, Bezerros, Bonito, Brejo da Madre de Deus, Cachoeirinha, Camocim de São Félix, Caruaru, Cupira, Gravatá, Ibirajuba, Jataúba, Lagoa dos Gatos, Panelas, Pesqueira, Poção, Sairé, Sanharó, São Bento do Una, São Caetano, São Joaquim do Monte e Tacaimbó.

Produção agrícola

IBGE (2002)
Lavoura Quantidade produzida (ton.) Valor da produção (R$ mil) Área plantada (ha.) Área colhida (ha.) Rendimento médio (kg/ha.)
Abacate 1 - 2 2 500
Abacaxi 750 (mil frutos) 240 250 150 5.000 (frutos/ha.)
Banana 40 2 20 10 4.000
Batata-doce 25 11 15 15 1.666
Castanha de caju 28 20 160 160 175
Coco-da-baía 14 (mil frutos) 5 4 4 3.500 (frutos/ha.)
Feijão (em grão) 42 38 500 500 84
Laranja 4 1 4 4 1.000
Mandioca 1.050 89 250 150 7.000
Manga 6 1 4 4 1.500

Pecuária

IBGE (2002)
Rebanho Efetivo (cabeças)
Bovino 9.100
Suíno 1.860
Eqüinos 420
Asininos (jumentos) 200
Muares (mulas) 140
Galinhas 26.694
Galos, frangas, frangos e pintos 10.500
Caprinos 2.410
Vacas ordenhadas 1.600
IBGE (2002)
Gênero Produção
Leite de vaca 1.040 (mil litros)
Ovos de galinha 492 (mil dúzias)
Mel de abelha 17.000 (kg)

Dados estatísticos

Educação

IBGE (2003)
Ensino Alunos matriculados Professores
Fundamental 4.198 152
Médio 550 36
  • Analfabetos com mais de quinze anos: 44,28% (IBGE, Censo 2000).

IDH

PNUD (2000)
IDH 1991 2000
Renda 0,491 0,604
Longevidade 0,531 0,615
Educação 0,444 0,609
Total 0,489 0,610

Saneamento urbano

IBGE (2000)
Serviço Domicílios (%)
Água 70,6%
Esgoto sanitário 67,0%
Coleta de resíduos 85,6%

Saúde

Unidade de saúde do SUS.

Outras imagens

Caicó

Esse artigom extraído do site http://pt.wikipedia.org/wiki/Caic%C3%B3g traz  algumas informações gerais sobre a cidade de Caicó/RN, para quem estiver curioso e quer aprender alguma coisa sobre a cidade. 
 
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Município de Caicó
"Capital do Seridó"
"Terra de Santana"
"Capital da carne de sol e do queijo"
"Vila do Príncipe"
Arco do Triunfo

Arco do Triunfo
Bandeira de Caicó
Brasão de Caicó
Bandeira Brasão
Hino
Aniversário 16 de dezembro
Fundação 1788 (222–223 anos)
Gentílico caicoense
Padroeiro(a) Sant'Ana
Prefeito(a) Bibi Costa (PR)
(20092012)
Localização
Localização de Caicó
Localização no Rio Grande do Norte
Caicó está localizado na Brasil
Localização no Brasil
06° 27' 28" S 37° 05' 52" O
Unidade federativa  Rio Grande do Norte
Mesorregião Central Potiguar IBGE/2008[1]
Microrregião Seridó Ocidental IBGE/2008[1]
Municípios limítrofes Norte: Jucurutu e Florânia;
Sul: São João do Sabugi e Várzea (PB);
Leste: Cruzeta, São José do Seridó, Jardim do Seridó e Ouro Branco;
Oeste: Serra Negra do Norte, Timbaúba dos Batistas, São Fernando.
Distância até a capital 256 km[2]
Características geográficas
Área 1 228,574 km² (RN: 5º)[3]
População 63 147 hab. (RN: 7º) –  IBGE/2011[4]
Densidade 51,4 hab./km²
Altitude 151 m
Clima semiárido
Fuso horário UTC−3
Indicadores
IDH 0,756 (RN: 3°) – médio PNUD/2000[5]
PIB R$ 397 172,500 mil IBGE/2008[6]
PIB per capita R$ 6 355,07 IBGE/2008[6]
Outras informações
Ficha técnica
CEP 59300-000[7]
Vínculo diocesano Diocese de Caicó
Vereadores 10
Comarca Comarca de Caicó
Eleitores 43.855 eleitores (2010)[8]
País Brasil
Macrorregião Nordeste
Índice Gini 0,47[9]
Potencial de consumo -
Trabalhadores 26.142 [10]
Unidades locais 1.317 unidades[11]
website Prefeitura de Caicó (em português)
Caicó é um município brasileiro no interior do estado do Rio Grande do Norte. Principal cidade da região do Seridó, localiza-se na Microrregião do Seridó Ocidental, na região centro-sul do estado distando 256 km da capital estadual, Natal.[2]
Nascido na confluência dos rios Seridó e Barra Nova, ocupa uma área de 1.228,574 km², o que equivale a 2,33% da superfície estadual, posicionando-o como o quinto município com maior extensão do Rio Grande do Norte.[3] Com uma altitude média de 151 metros, sua população estimada pelo IBGE em 2011 era de 63 147 habitantes, o que a coloca como a sétima cidade mais populosa do estado, sendo a segunda mais populosa do interior do Rio Grande do Norte, com uma densidade populacional de 51,04 habitantes por km².[4]
Sua atração mais famosa é a Festa de Sant'Ana, realizada no mês de julho, que em 2010 foi tombada como patrimônio imaterial do Brasil pelo IPHAN.[12] Caicó também é lembrada pela sua população religiosa, seus bordados e sua rica culinária típica,[13] além de seu singular carnaval.
Conhecido centro pecuarista e algodoeiro, Caicó apresenta o mais alto índice de desenvolvimento humano do interior e semiárido nordestino,[14][15] assim como a maior esperança de vida ao nascer de 73,317 anos, alcançando o maior índice de longevidade do Rio Grande do Norte: 0,805, considerado "elevado" pela ONU.[16] O município ainda se destaca por possuir o menor índice de exclusão social do estado.[17]

Índice

 [esconder

História

Contam-se várias lendas sobre a origem da cidade, porém todas citam um vaqueiro português que, à procura de água para o seu gado durante uma seca, se deparou com um touro bravio de feições míticas. Aflito diante de tal situação, o vaqueiro fez uma promessa a Sant'Ana: se conseguisse escapar do touro e encontrar água, construiria uma capela em sua homenagem. Então, nesse momento, o touro dasapareceu e logo o vaqueiro encontrou um poço, o qual, segundo relatos, nunca secou. Diante disso, contou o episódio aos amigos, que iniciaram a construção da capela, marco inicial do povoamento de Caicó.

Início do povoamento

Por volta da metade do século XVII, com o fim das invasões neerlandesas, iniciou-se o processo de interiorização da capitania do Rio Grande. Nessa época, a Coroa Portuguesa começou a conceder porções de terras a particulares, chamadas de sesmarias e destinadas à pecuária, uma vez que tal atividade não era permitida nas terras do litoral; ou então destinadas exclusivamente ao plantio de cana-de-açúcar. Essa ideia também agradou à Igreja Católica, pois serviria para a propagação do "povo de Deus na terra".

Resistência da População Indígena

A atitude da Coroa Portuguesa foi interpretada pelos indígenas como uma usurpação. Então, deu-se início a uma sangrenta guerra dos índios tapuias tarairius contra a presença luso-brasileira. Esses conflitos ficaram conhecidos como guerra dos Bárbaros.
Com o objetivo de proporcionar maior segurança aos luso-brasileiros, foi construída a casa-forte do Cuó a mando do Coronel Antônio de Albuquerque Câmara, que, posteriormente, receberia reforços de Domingos Jorge Velho, bandeirante conhecido por naver destruído o quilombo dos Palmares.

Cronologia da origem do município

  • 1748 - Criado o distrito com a denominação de Vila do Príncipe.
  • 1788 - Elevado à categoria de vila, denominando-se Vila Nova do Príncipe.
  • 1868 - Elevado à condição de cidade e sede, com denominação de Cidade do Príncipe.
  • 1890 - Passa a se denominar Seridó. Ainda no mesmo ano, o município passa a ser denominado Caicó.
  • 1911 - Apenas o distrito-sede passa a se chamar de Caicó.

Etimologia

Existem várias versões sobre a origem do nome do município de Caicó.
No dicionário da língua tupi-guarani, Lemos Barbosa diz que a palavra Caicó deriva da língua cariri e que significa "mato ralo". Acredita-se que a região fosse habitada pelos índios caiacós, da família dos cariris e que os mesmos denominaram a região de Cai-icó, que significaria "macaco esfolado" por causa dos serrotes pelos quais a vegetação era desmatada.
Segundo o pesquisador Olavo de Medeiros Filho, o topônimo vinha de uma ave agourenta, comedora de cobras e que havia em abundância no curso d'água que passava próximo a casa-forte do cuó, chamado rio Acauã. Os topônimos "acauã" e "cuó" seriam sinônimos, sendo a primeira forma em tupi e a segunda em tarairiu e ambas as formas designavam o pássaro que dava nome ao rio e à região. Considerando a partícula "quei" como sendo "rio", rio Acauã seria o mesmo que "Queicuó", posteriormente Caicó.
Porém a versão mais aceitável é defendida por Câmara Cascudo, que refere sua gênese a partir dos termos "Acauã" e "Cuó", que servem à designação de acidentes geográficos (rio e serra, respectivamente). "Acauã" pertence à língua Tupi e "Cuó", ao dialeto dos tapuias e tarairius. Tais tribos ainda identificavam o rio pelo termo "quei", o que sugere que Caicó seja uma corruptela de "Queicuó", o mesmo que rio do Cuó. Tal teoria desmistifica a lenda que relata a existência de uma tribo chamada caiacós (citada anteriormente), pois não há registro histórico que comprove a existência dessa tribo na região.

Demarcação do território e integração ao Rio Grande do Norte

Em 1735, a elevação do arraial do Queiquó a povoação e, posteriormente, a sede de freguesia, provocariam uma crise com a província da Paraíba, devido aos limites do território seridoense reivindicado por ambas as províncias. Caicó, judicial e religiosamente, pertencia à comarca e à freguesia de Nossa Senhora do Bonsucesso do Piancó, atualmente cidade de Pombal, no sertão da Paraíba. A disputa pelos limites administrativos entre as duas províncias decorria, em parte, pela ausência de autonomia do Rio Grande. A capitania esteve subordinada juridicamente à Paraíba até 1818, quando foi criada a Comarca de Natal.[18]
A interação do sertão com a sede política da Capitania e da Província do Rio Grande foi escassa na Colônia e no Império, no entanto, em 1812, com a formação das Juntas Constitucionais das capitanias por ordem das Cortes de Lisboa, ocorreu a nomeação de dois seriodenses para a Junta Constitucional Provisória da capitania do Rio Grande: o acariense Capitão-Mor Manuel de Medeiros Rocha, sendo sucedido pelo Padre Francisco de Brito Guerra, vigário do Príncipe (Caicó), que assumiu sua primeira legislatura, como deputado geral, entre os anos de 1831 e 1833 e foi senador vitalício do Império em 1837.
O Padre Brito Guerra procurando objetivar os limites da Vila Nova do Príncipe propôs ao Senado a demarcação do território da vila, representando o interesse potiguar. Seu projeto foi ratificado pelo Decreto de 25 de outubro de 1831. Três anos após o decreto publicado, a insatisfação paraibana permanecia. Em 1834, a Assembléia Provincial paraibana, em conjunto com a Câmara da Vila de Patos, representavam à Câmara Nacional, solicitando a revogação do decreto de 1831. No mesmo ano em que a Paraíba formalizou seu protesto, a Assembleia do Rio Grande do Norte enviou sua representação "contra as pretensões da Província da Paraíba, que trabalha por destruir a lei de 25 de outubro de 1831.[18]
Ocorreram abaixo-assinados remetidos pelos "juízes de paz, inspetores, guardas nacionais e proprietários", enviados pelas câmaras das Vilas de Acari e Príncipe - onde se mostravam "contentes em pertencer à Província do Rio Grande do Norte"-, percebemos que os móveis do descontentamento respondiam pela Freguesia de Patos e pelas pretensões da Vila de Pombal. Os limites de Caicó estavam estabelecidos. Delimitou-se a enquadrar-se seu espaço no território do Rio Grande do Norte, mas o conceito geográfico de Seridó abrange uma área que cobre parte do sertão norte-riograndense e do sertão da Paraíba, conhecida como Seridó paraibano.[18]

Municípios desmembrados de Caicó

Ciclo do Algodão

No final do século XIX, popularizou-se o plantio de algodão nas terras do Seridó, que até então era dominado pela pecuária. Caicó, assim como toda a região do Seridó, se orgulhava em produzir uma das melhores variedades de algodão do mundo, o algodão Mocó ou algodão Seridó, variedade que resistia às secas e fornecia capuchos de fibras longas, resistentes, de brancura única e poucas sementes.
O algodão seridoense abastecia inicialmente as indústrias têxteis da Inglaterra, que, até esse momento, se abastecia do algodão estadunidense, mas que, por motivo da independência estadunidense, teve seu fornecimento bloqueado. Foi, então, preciso buscar matéria-prima em outros locais. Quando a Inglaterra retomou o comércio com os Estados Unidos, o algodão seridoense ficou em segundo plano, mas a produção já tinha destino substitutivo: as indústrias paulistas que começavam a surgir.
Em 1905, o algodão superou o status do açúcar no estado, que, com o crescimento econômico, fez surgir políticos seridoenses, assim como uma elite agrária local. Ao assegurarem o controle político do estado, buscou-se realizar as melhorias adequadas para o cultivo e escoamento do algodão. Em 1924, foi criado o departamento de Agricultura, posteriormente o Serviço Estadual do Algodão (1924) e o Serviço de Classificação do Algodão (1927), além de outras melhorias como a construção de rodovias ligando o Seridó à capital.
Mas em meados de 1918, os paulistas começam a investir em sua produção própria, após uma geada que destruiu as plantações de café e gradativamente deixaram de comprar o algodão seridoense; aliados a falta de investimentos em tecnologia, secas prolongadas e a inserção de pragas, como o bicudo que dizimou vastos algodoais, iniciou-se então a decadência do ciclo algodoeiro. Mesmo com essa situação, foi em Caicó no ano de 1984, que se deu o primeiro registro da colheita de algodão de fibra colorida,dando a partir daí todo o processo de melhoramento genético dessa linhagem.[20]

Período Republicano

Caicó foi uma das cidades pioneiras a lutar pela instalação da república, sendo a primeira do Rio Grande do Norte a possuir um núcleo republicano organizado chamado "Centro Republicano Seridoense", fundado em 1886 por Janúncio da Nóbrega. Com o período republicano e a cotonicultura, a cidade viveu um momento de rápido desenvolvimento com o deslocamento do centro político e econômico do estado da região litorânea (açúcar-têxtil) para o Seridó (algodão-pecuária), e com isso derrubar a Oligarquia Maranhão, que dominava o estado desde 1892. Quando em 1923, o então presidente Artur Bernardes conduziu o caicoense José Augusto para o governo do estado, abrindo caminho para outros seridoenses, como Juvenal Lamartine e Dinarte Mariz[21]. Nessa época, Caicó viveu uma fase de intenso desenvolvimento e modernização, com a melhoria de sua infraestrutura, através da construção da ponte sobre o rio Seridó, instalação de telégrafo e rede telefônica, asfaltamento de rodovias, construção de aeródromo, "Grande Hotel", cinemas, hospital e colégios. Através de políticas higienistas sanitárias, se deu a ampliação da rede de abastecimento e saneamento, além da criação de um código de uso e ocupação do solo urbano.[22]

Geografia

Caicó e municípios limítrofes

Clima

Clima semiárido com excedente hídrico pequeno ou nulo,[23] com sua estação chuvosa atrasando-se para outono sujeito a regime irregular de chuvas, o que acontece entre os meses de fevereiro a maio, com média de precipitação pluviométrica anual de 716,6 mm. O município apresenta grande amplitude térmica, com média de 27,5°C, mínima de 18,0°C e máxima de 33,3°C. Em um ano a cidade apresenta 2700 horas de insolação, com umidade média anual de 59%.[24]

Formação Vegetal

Conhecida como Caatinga Subdesértica do Seridó- vegetação mais seca do estado e segunda mais árida da Caatinga, caracterizada pela vegetação baixa, de cactus espinhentos e agressivos, agarrados ao solo, de arbustos espaçados, com capins de permeio e manchas desnudas, em terra procedente do Arqueano, muito erodida e áspera; Sendo as espécies predominantes: a jurema, o pinhão bravo, o pereiro, o xiquexique, a faveleira, a malva rasteira, o angico, o pau-branco, o marmeleiro e o mata pasto.[25]
Segundo o Plano Nacional de Combate à Desertificação, Caicó está inserida em área susceptível à desertificação em categoria "muito grave".[26]

Solo

O solo predominante é o bruno não cálcico vértico, de fertilidade natural alta, textura arenosa/argilosa e média/argilosa, moderadamente drenado com relevo suave e ondulado.
Como ocorrências minerais, encontram-se: barita, calcário, talco, ouro e tungstênio; também há existência de recursos minerais associados como rochas ornamentais, especialmente: migmatitos, brita, rocha dimensionada, mármore e paragnaisse.[27]

Relevo

Sua altitude varia de cem a duzentos metros. A sede do município se localiza na depressão Sertaneja, terrenos baixos situados entre as partes altas do planalto da Borborema e da chapada do Apodi. As serras e picos mais altos do município pertencem ao planalto da Borborema.
Vista do Açude Itans com Serra de São Bernardo ao fundo
O ponto mais elevado do município é a Serra de São Bernardo, com 638 metros de altitude.[28]

Hidrografia

Vista do leito do Rio Seridó pela zona urbana de Caicó
O município encontra-se totalmente inserido nos domínios da bacia hidrográfica Piranhas-Açu, sendo banhado pelos seguintes rios:
Ainda podemos encontrar uma concentração de pequenas lagoas e açudes de pequeno e grande porte, sendo o mais importante o Açude Itans com capacidade para 81.750.000 m³ de água. Todos os cursos d'água encontrados no município são de natureza intermitente.

Demografia

Vista do Bairro Penedo margeando a BR-427
A população do município, de acordo com o Censo de 2010 promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) era de 63 147 habitantes, sendo o sétimo mais populoso do estado e apresentando uma densidade populacional de 51,4 habitantes por km².[4] Segundo o censo de 2010, 51,6% da população eram mulheres (32 336 habitantes), 48,4% (30 373 habitantes) homens. Sendo que 91,6% (57 461 habitantes) vivia na zona urbana e 8,4% (5 248 habitantes) na zona rural.[29]
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de Caicó é considerado "médio" pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Seu valor é de 0,756, sendo o terceiro maior do estado do Rio Grande do Norte. Considerando o índice educação (IDHM-E) o valor é de 0,801. O índice da longevidade (IDHM-L) é de 0,805 e o de renda (IDHM-R) é de 0,663. O município apresenta a maior expectativa de vida ao nascer do estado, com média de 73,317 anos.[30]

Composição étnica

Composição étnica de Caicó [31]
Cor/raça Porcentagem
Branca 57 72%
Parda 38 48%
Negra 03 31%
Indígena 0 07%
Amarela 0 02%
Sem declaração 0 40%
Os fortes traços de influência europeia da população caicoense fez com que os habitantes recebessem a alcunha de galegos, que era utilizado para designar as pessoas mais claras que vieram majoritariamente de norte de Portugal e da fronteira galega na Espanha, principalmente da região do vale do Minho, seguida das regiões de Açores, Estremadura, Douro e Trás-os-Montes, onde eram chamados de patrões-marinheiros, em referência a viagem marítima de Portugal ao Brasil; mas Caicó ainda foi povoada por migrantes de Pernambuco (Goiana e Igarassu) e Paraíba.[32] No entanto acredita-se que parte da população branca tenha ascendência judia oriunda da Península Ibérica, chamados de Cristãos-Novos, pois foram forçados a converção ao catolicismo, sendo isso ainda motivo de estudos.[33] A presença neerlandesa no município se limitou a expedições científicas em busca de minérios, onde não deixaram descendentes. A presença de negros africanos, apesar de limitada, é muito forte culturalmente na região, onde fundaram a Irmandade dos Negros do Rosário. Em Caicó, os escravos foram libertados antes mesmo da lei Áurea.[34] Os indígenas nativos da região eram originários das famílias tarairiú (janduí) e cariri, onde se dividiam em cinco grupos: canindés, Jenipapos, sucurus, cariris e pegas.[35] Atualmente, não existem mais índios puros na região, pois foram exterminados durante a ocupação branca por guerras e doenças, restando apenas mestiços. Caicó é muito conhecida por sua população apresentar basicamente três sobrenomes: Araújo, Medeiros e Dantas.

Religião

Igreja do Rosário da religião Católica.
A grande maioria da população se declara Católica Apostólica Romana, contabilizando 90,48% dos habitantes. 2,72% da população é evangélica de origem pentecostal, que seguem a Igreja Assembléia de Deus (1,44%), Igreja Universal do Reino de Deus (0,44%), Igreja Congregação Cristã do Brasil (0,37%), Igreja Deus é Amor (0,22%), entre outras. Seguida dos evangélicos de missão - 1,19%, que se dividem em Presbiterianos (0,59%), Batista (0,56%) e Adventistas (0,04%). Entre as minorias temos a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (0,29%), Testemunhas de Jeová (0,27%), Igreja Messiânica Mundial (0,26%), Budismo (0,19%), Candomblé (0,02%) e Islamismo (0,02%). Ainda 3,96% dos caicoenses declaram não seguir nenhuma religião.[36]

Crescimento populacional

Ano 1991 1996 2000 2007 2010
Evolução populacional 50.640 51.513 57.002 60.657 62.709[37]
  • Grau de urbanização - 88,81%
  • Cobertura de rede de abastecimento de água - 95,84%
  • Cobertura de sistema de coleta de lixo - 93,69%
  • Cobertura de sistema de esgotamento sanitário - 78,20%[38]

Economia

A mais importante atividade econômica foi o beneficiamento do algodão. Atualmente, o meio rural sobrevive da agricultura familiar e da produção de leite, carne-de-sol e do queijos de manteiga e de coalho. Caicó possui o maior rebanho de bovinos e a maior produção leiteira do Rio Grande do Norte.[39], fornecendo matéria-prima para a produção mensal de mais de 72 toneladas de queijo de manteiga, 27 toneladas de queijo coalho e mais de 6 mil litros de manteiga-de-garrafa em suas 93 unidades fabris. Sua principal unidade produtora de leite pasteurizado fornece 265 mil litros por mês.[40]
A cidade destaca-se ainda por ser o maior polo de produção de bonés do Nordeste do Brasil.[41] Tradicionalmente a cidade se destaca pela produção de bordados artesanais típicos que são valorizados no mercado interno e externo. A indústria têxtil vem se consolidando como a vocação da cidade e vem crescendo paulatinamente, principalmente o ramo de confecção de camisetas e underwear.
A cidade ainda possui várias indústrias de beneficiamento de alimentos, como de laticínios (leite pasteurizado,queijos e yogurte); café, arroz e milho (torrefação, moagem e embalamento), sorvetes e panificação. A produção de cachaças já se destaca a nível nacional, tendo sua qualidade atestada pela imprensa especializada.
No setor secundário ainda se destaca a produção de produtos à base de argila, como tijolos, lajotas e telhas, Caicó produz em média 1200 milheiros mensais.[40] Quanto à produção de cal, a cidade fornece mais de 245 toneladas por mês.[40] A principal matriz energética do município é o uso da lenha extraída de espécies da caatinga, isso se deve a inexistência de um gasoduto que reduzisse o impacto ambiental.[40][42]
No setor terciário a cidade polariza os serviços da região do Seridó Potiguar e Paraibano, com serviços médicos, jurídicos, escolares e bancários; funcionalismo público; a presença das Forças Armadas - 1º Batalhão de Engenharia de Construção - Batalhão Seridó; além de seu intenso e diversificado comércio realizado com as cidades da região. Outro segmento que cresce no município é o turismo,onde observa-se a cada dia aumentar o número de restaurantes, pousadas, hotéis e a consequente especulação imobiliária.

Política e administração

O município tem seu poder Executivo administrado por um prefeito e vice-prefeito escolhidos pelo voto popular nas eleições municipais promovidas pelo TRE - Tribunal Regional Eleitoral, assim como o Poder Legislativo é constituído por uma câmara composta por 10 vereadores eleitos de igual modo, com direito a um mandato de 4 anos.
A cidade possui 3 distritos: Palma, Laginhas e Perímetro irrigado Itans-Sabugi, que são administrados por subprefeitos escolhidos por indicação do prefeito eleito da cidade.

Subdivisões

Infraestrutura

Educação

Ensino Básico

Caicó conta com 105 unidades escolares, sendo que 27 pertencem à esfera estadual, 47 são de domínio municipal e 31 são particulares. Dessas, 68 se localizam na zona urbana e 37 na zona rural. Quanto ao tipo de ensino, 51 dispõem de ensino pré-escolar, 75 dispõem de ensino fundamental e na cidade existem 9 escolas com ensino médio.[43]
As escolas que possuem Ensino Médio são as seguintes:

Ensino Superior

A cidade conta com 5 estabelecimentos de ensino superior presencial e várias de ensino à distância.
Pórtico de entrada do Campus da UFRN-Ceres em Caicó
Os principais centros de ensino superior presencial são:

Ensino Profissionalizante

O município possui uma unidade do SENAC, SENAI, Centro Tecnológico Têxtil em fase de implantação, IFRN; além de alguns cursos privados e franquias de ensino de idiomas e de cursos técnico-profissionalizantes .

Biblioteca Municipal

Caicó dispõe ainda da Biblioteca Municipal Olegário Vale sediada em um prédio histórico da cidade, que detem um acervo de aproximadamente 8 mil livros. Recentemente a mesma teve sua estrutura renovada, com rampas de acessibilidade, laboratórios de informática, videoteca, salas de estudo e pesquisa, sala infanto-juvenil e hemeroteca.

Saúde

Hospital de Oncologia do Seridó
Segundo o DATASUS, a cidade possui 322 leitos hospitalares, no Hospital do Seridó, Hospital Regional do Seridó e Hospital de Oncologia do Seridó; o município conta 90 estabelecimentos de saúde, sendo 13 unidades do Programa Saúde da Família, 7 unidades básicas, 4 postos de saúde na zona rural, 1 centro clínico, uma policlínica CRIS-Centro Regional Integrado se Saúde, CEREST-Centro Regional de Referência em Saúde do Trabalhador, 1 laboratório municipal e 1 laboratório regional, Divisão de Vigilância Sanitária, Centro de Controle de Zoonoses, Centro de Apoio Psicossocial-CAPS (Hospital Psiquiátrico Milton Marinho), Farmácia UNICAT, Hemocentro, Pronto-atendimento Unimed 24 horas, além das várias clínicas e consultórios privados.[49]

Comunicações

Prédio da Rádio Caicó AM
O município possui seis emissoras de rádio, sendo elas o principal meio de comunicação das notícias locais: Rural de Caicó AM-830KHz; A voz do Seridó AM-1100KHz; Rádio Caicó AM-1290KHz; Liberdade FM-88 MHz; Rural FM-95 MHz; Solidariedade FM-106 MHz. A transmissão de televisão é feita por retransmissoras, podendo ser captadas em sinal aberto as seguintes emissoras: TV União(Canal 7), TV Record(Canal 8), SBT(Canal 10), Rede Globo(Canal 12), Rede Vida(Canal 15), Rede TV!(Canal 17) e TV Assembleia RN (Canal 33). A cidade ainda possui jornais impressos de circulação semanal e quinzenal.

Segurança Pública

A cidade é guarnecida pelo 6º Batalhão de Polícia Militar, chamado Batalhão Dinarte Mariz, possui contingente de 554 policiais militares divididos em 3 companhias, abrangendo 15 municípios; nas modalidades de policiamento de guarda, policiamento a pé, policiamento motorizado, policiamento montado, policiamento especial - Grupo Tático de Combate e policiamento ambiental. A cidade ainda conta com Delegacia de Polícia Civil, Delegacia de Atendimento ao Menor e Delegacia de Atendimento a Mulher, além do Instituto Técnico-Científico da Polícia - ITEP.[50] Para o cumprimento de mandados de reclusão existe a Casa de Albergue e a Penitenciária Estadual do Seridó. A cidade ainda é sede do 3º Subgrupamento de Bombeiros, contando com 57 militares, abrangendo 26 municípios.[51]

Abastecimento

A cidade é abastecida por duas fontes independentes: o Açude Itans e a Barragem Passagem das Traíras. No entanto, devido ao clima adverso, baixo potencial dos aquíferos subterrâneos e topografia desfavorável, foi necessária a construção de uma garantia adicional, através do Sistema adutor Piranhas Caicó, que possui como fonte de água o rio Piranhas na cidade de Jardim de Piranhas.[52] O tratamento e distribuição da água é realizada pela Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte - CAERN.

Cultura

Museus e espaços culturais

Museu do Seridó

O Museu do Seridó é uma instituição da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), sendo uma unidade de preservação, conservação e divulgação da memória e da história seridoense. Sediado no antigo prédio do Senado da Câmara e cadeia pública da Vila do Príncipe, concluída em 1812.
O acervo existente foi contextualizado a partir de um tema central- Seridó, terra nossa de cada dia, dividido em cinco núcleos expositivos: Seridó, terra e homem pré-cabralino; Sociedade, produção e trabalho; Devoção e arte no Seridó; Ofício e arte do Seridó; e Indústria alimentícia de subsistência. O museu ainda conta com exposições provisórias de artistas locais.[53]

Centro Cultural Dep. Adjuto Dias

O Centro Cultural foi inaugurado em 2002,possui 447 poltronas, 2 camarotes, uma sala de projeção de cinema, 4 camarins, 5 salas para oficinas, estacionamento para 300 carros, além de ar condicionado central. Ele está localizado no bairro Paraíba e ocupa uma área de 1770 m². Destina-se a apresentação de expressões artísticas, como teatro, música, dança e artes plásticas.[54]

Casa da Cultura

Localizada no sobrado do Padre Brito Guerra, prédio histórico da cidade, o local é dos mais atuantes quanto a presença de manifestações culturais. Contando atualmente com duas exposições permanentes: Brinquedos Populares e Galeria dos Imortais Caicoenses.[55]

Arquitetura

Coreto da Praça da Liberdade
O patrimônio arquitetônico de Caicó vai do colonial ao moderno. A arquitetura colonial presente no município foi construído após tal período, no entanto, houve preservação dessa linha, como pode ser vista na Casa de Pedra do português Gama, considerada primeira residência caicoense, e na antiga cadeia, atual Museu do Seridó. Com o enriquecimento da cidade, mediante a expansão da cotonicultura, Caicó investiu em sua urbanização inspirada nas cidades maiores de Pernambuco e Paraíba, de onde foram trazidos mestres para a elaboração de fachadas e beirais; Assim como sofreu inspiração europeia, trazida pelos arquitetos italianos "Irmãos Giffoni", que se estabeleceram na cidade durante a segunda metade do século XIX.[58] Nessa época vigorou a arquitetura eclética, vista em residências espalhadas pelo centro da cidade e no Mercado Público Municipal. A partir da década de 40 do século XX, iniciou-se a transição do ecletismo para o proto-modernismo e modernismo, visto em algumas residências e no Centro Educacional José Augusto.[59] O casario rural do município também merece destaque, como nas casas-sede das fazendas com sua arquitetura austera e simplificada, exibindo amplos alpendres e sotãos, assim como um dos elementos típicos da região, as cercas de pedra que delimitam as propriedades.[60] Grande parte da arquitetura antiga do município vem sendo destruída ou alterada devido a inexistência de legislação municipal de proteção a esses bens.[61]

Esportes

O esporte mais popular no município é o futebol, onde os jogos profissionais são sediados no estádio Senador Dinarte Mariz, casa do Atlético Clube Corintians de Caicó,[62] que junto com o Caicó Esporte Clube formam as únicas equipes profissionais de Caicó. A cidade realiza anualmente a Corrida de Santana,[63] principal evento de atletismo, além de possuir tradição em sediar eventos de outros esportes, como MMA,[64] motocross,[65] e uma das etapas do Rally dos Sertões.[66] Tradicionalmente há a realização de vaquejadas muito procuradas pela população local. Caicó ainda conta com um Clube de Tiro.[67] A cidade sedia anualmente os JERN's - Jogos Escolares do Rio Grande do Norte, onde congrega os municípios da região polarizados por Caicó.

Turismo

Caicó faz parte do polo turístico do Seridó ou Roteiro Seridó. Além de integrar o Guia Turístico de Produção Associada, publicado pelo Ministério do Turismo,[68] devido a identificação e registro de produtos com representatividade cultural e identidade regional.[69]

Ecoturismo

Anfiteatro da Ilha de Santana com Capela de São Sebastião ao fundo
No município, acontecem práticas de ecoturismo. Em suas serras, grutas e rios, podem-se realizar rapel, escalada, rali, mountain bike, acampamentos, trilhas e trekking em locais como a serra de São Bernardo, serra da Formiga, gruta da Caridade e pedra da Baleia localizada no rio Seridó.

Turismo Cultural

No turismo cultural, destaca-se a Irmandade dos Negros do Rosário, criada em 1771, onde pode ser vistas seus rituais que utilizam lanças e danças tribais ao som de tambores seculares. Ainda pode-se visitar o Museu do Seridó, onde pode se conhecer a história do povo seridoense, seu modo de vida e seus ciclos econômicos, além de exposição de artistas locais. Outro destaque é o artesanato local, onde Caicó é conhecida como "Terra do bordado", pela excelência de seus trabalhos manuais, herança da colonização portuguesa. A culinária é outro atrativo da cidade, que se destaca nacionalmente pela qualidade de sua carne-de-sol, queijo de manteiga e de coalho, manteiga-de-garrafa, assim como seus doces tipícos: filhós, chouriço e biscoitos caseiros. Além da nova vedete: a produção de cachaças.

Turismo de Eventos

Dentre o turismo de eventos destaca-se o carnaval, que já figura entre os maiores do nordeste. Onde o principal atrativo é o "bloco Ala Ursa" ou "bloco do Magão", que arrasta multidões pelas ruas da cidade ao som de frevo e marchinhas, acompanhada de bonecos gigantes, burrinhas e papangus. A sexta-feira destaca-se pela saída do bloco das Virgens, onde os homens vão trajados com roupas femininas e as mulheres vão vestidas de homem. À noite, o carnaval acontece no complexo turístico Ilha de Santana, onde os blocos formados pelos jovens, geralmente com nomes irreverentes celebram o carnaval ao som de músicas atuais de axé e forró-elétrico. Um detalhe que deixa o carnaval caicoense único é a confecção de caixotes, onde os blocos conservam as bebidas que serão consumidas durante a festa. Na Ilha de Santana forma-se um corredor onde os blocos "rivalizam" a atenção para seu caixote, onde há até a existência de caixotes motorizados.

Turismo Religioso

Festa de Santana em Caicó
Caicó é um destino potencial de turismo religioso, a Festa de Sant'Ana realiza na última semana de julho, já é o maior evento socio-religioso do Rio Grande do Norte. A festa é uma mistura de sagrado e profano que atrai turistas de todos os cantos do RN. A Festa de Sant'Ana é se tornou Patrimônio Imaterial do Brasil pelo IPHAN, sendo a primeira manifestação cultural a sofrer tombamento no estado e a quarta manifestação a se enquadrar como patrimônio imaterial no Brasil.[70]

[editar] Bordado seridoense

A arte do bordado chegou ao Brasil através dos colonizadores portugueses por volta do século XVII e século XVIII, sendo apenas um dos passatempos favoritos das esposas dos exploradores. A região do Seridó, principalmente Caicó e Timbaúba dos Batistas, são as cidades que mais refletem essa tradição lusa, apresentando características semelhantes ao bordado típico da Ilha da Madeira, em Portugal; tais indícios podem ser comprovados através das estampas atuais, flores e pístilos, que remetem a padrões próprios da Ilha da Madeira. Porém as mulheres seridoenses deram características bem nordestinas a essa arte, utilizando de cores vivas, representando a fauna e a flora locais. O bordado é realizado diretamente sobre o tecido, geralmente utilizando linho, percal ou polialgodão. Originalmente, este artesanato era produzido à mão, apenas com agulha e linha colorida. Mas com a industrialização, as bordadeiras já se utilizam de máquinas de costura.[71]

Pontos turísticos

Feriados Municipais